As hierarquias nas dimensões


Caso típico da dimensão Cliente

Numa dimensão do tipo cliente podem coexistir várias hierarquias independentes entre si. A hierarquia mais evidente, e natural, é a geográfica. A organização de níveis em Portugal é freguesia, concelho e distrito. Mas, outras hierarquias existem: a do código postal que tem uma estrutura inteligente embutida; a das NUTS (Nomenclaturas de Unidades Territoriais para Fins Estatísticos - geocódigo desenvolvido pela União Europeia para referenciar as divisões administrativas dos estados membros para fins estatísticos).

A organização estrutural interna de um cliente (no caso de ser uma empresa) é outro tipo de hierarquia que pode estar presente na dimensão, ou seja, a tabela tem que incorporar da melhor forma possível a organização empresarial do cliente. Em algumas situações a definição da equipa de vendas dá origem a uma hierarquia adicional e independente das anteriores.

Uma hierarquia em condições muito particulares, quando tem uma estrutura longa e complexa, e relativamente estável, pode transformar-se numa dimensão independente. Quando o esquema em estrela tem poucas dimensões (menos de vinte) e a hierarquia é complexa pode justificar-se a criação de uma dimensão adicional dado que a exploração dos dados fica mais facilitada. Num esquema complexo (mais de vinte tabelas) a decisão mais acertada é manter as hierarquias num único local.

Nos casos em que as hierarquias de uma dimensão são divididas em tabelas independentes há quem desenhe uma tabela de ligação entre as hierarquias que contém unicamente as chaves primárias das dimensões. Mas, na realidade esse passo é desnecessário pois a associação entre as dimensões faz-se, como habitualmente, através da tabela de factos. Nunca nos devemos esquecer de que as tabelas de factos têm como função principal correlacionar as dimensões, que por natureza e definição são independentes umas das outras.