Regras para o desenho de tabelas | Parte 2

É muito comum que, no momento de declarar a chave primária de uma tabela, não haja a mínima preocupação com a compreensão do seu contexto no âmbito do processo de negócio, e seja atribuída uma chave primária com valor abstracto e com o formato numérico. Veja-se o exemplo da tabela Género da Figura 1 em que se utiliza o campo GéneroID como chave primária e.g., o género "Comédia" tem o código "11". 


Figura 1: Tabela Género com uma chave primária abstracta "GéneroID".

Mas na realidade no sistema real não existe nenhuma classificação numérica para os géneros dos filmes. No mundo do cinema as comédias não têm um código "11". Em todas as situações em que num sistema não existam códigos identificadores verdadeiros/reais então o mesmo tem que acontecer nas bases de dados que os modelam. Assim, a tabela Género correctamente desenhada, terá apenas uma coluna a qual será obviamente igualmente chave primária (Figura 2).


Figura 2:  Tabela Género num formato normalizado.

Os sistemas não são todos iguais e há alguns em que existem conjuntos de entidades em que os seus elementos se diferenciam por códigos, ou seja, por valores numéricos ou alfa numéricos, que são reconhecidos por todos os participantes do sistema, Por exemplo, os alunos têm números, aos contribuintes são-lhes atribuídos números de identificação fiscal, ou cada viatura automóvel tem a sua própria matrícula.