O planeamento é a mãe de todo o sucesso.
Uma ideia tão simples que se expressa numa única linha, mas que no entanto não é habitualmente levada a sério.
Ao longo de cerca de um quarto de século dedicado ao ensino e
investigação de matérias associadas com o mundo das bases de dados
relacionais, tenho-me deparado com inúmeras situações em que a pressa e o
desleixo na conceptualização destes sistemas têm conduzido a produtos
imaturos, pouco rigorosos, e imediatamente desactualizados desde o seu
primeiro dia de funcionamento.
Os resultados provocados nas organizações por esses maus produtos
variam entre dois extremos: o completo desinteresse pelo conceito de
«base de dados» até ao colapso organizativo e económico da entidade que
encomendou uma base de dados e recebeu uma tulha de dados.
O «fazer» uma base de dados é mais do que construir meia dúzia de
tabelas num modo ad hoc com a esperança de que a velocidade de
desenvolvimento daí resultante consiga impressionar o utilizador final; a
construção de uma base de dados é um processo sujeito a normas
analíticas e técnicas precisas e bem conhecidas que devem ser seguidas
em determinada ordem, desde a etapa de conceptualização até à fase de
construção física da base de dados.
Assim como um cirurgião ortopedista segue um determinado procedimento
para reparar uma fractura num osso, também o especialista em base de
dados tem que obedecer a uma conduta tecnológica de modo a obter um
produto final válido tecnicamente, e que devolva à organização um valor
acrescentado.
O segredo no sucesso no desenvolvimento de Sistemas de Informação em
geral e, em particular em Base de Dados Relacionais, é assim a
organização.
O conteúdo deste livro destina-se a «meros mortais» como sejam, por
exemplo, gestores ou investigadores e estudantes nas mais variadas áreas
da ciência e tecnologia. Os temas são apresentados de uma forma
simples, sem a complexidade desnecessária habitual em certos livros de
informática, nem a superficialidade existente noutros.