O papel da gestão de transacções é o de assegurar que as transacções
são gravadas correctamente na base de dados. O gestor de transacções é o
componente do SGBDR que processa esses movimentos de dados. Uma
transacção é um conjunto de acções ou movimentos de dados considerados
de modo a que sejam todos gravados na base de dados ou rejeitados na sua
totalidade. Uma transacção é uma unidade atómica de trabalho em que
todos os seus elementos têm que ser processados, caso contrário a base
de dados ficará inconsistente. O pagamento de uma propina escolar, por
exemplo, é uma transacção que se subdivide, em grandes linhas, em dois
elementos: a actualização do saldo da conta de propinas da escola, e a
actualização dos montantes pagos por esse aluno. A base de dados ficaria
inconsistente se se alterasse um único desses elementos: ou se faz tudo
ou não se faz nada.
O princípio da atomicidade transaccional exige que todo o conteúdo
transaccional seja processado segundo a regra do “tudo-ou-nada”, e que
cada conjunto de transacções seja transmissível em série / realizável (serializable).
Quando uma transacção é interrompida antes do seu termo o gestor de
transacções têm que repor a base de dados no estado em que se encontrava
antes do início da operação, desfazendo todas as acções entretanto
efectuadas. As transacções, por uma questão de eficiência e de eficácia,
não devem durar mais do que o necessário de modo a assegurar a
integridade do sistema. No caso da liquidação de uma propina o pagamento
do aluno e o crédito na contabilidade da escola é a unidade mínima de
trabalho necessária para manter as contas em dia.